quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

LEITURA DE FILOSFIA

Me incomoda certos pensadores atuais que tendem a tornar a filosofia uma distração. Um bom exemplo desse tipo de pensador é Allan de Botton, o filósofo “bonitinho”. Os destinatários de seus livros são uma classe média alta que não suporta o sofrimento; que vive em conforto e com facilidades que permitem ao indivíduo tirar seu time de campo para pensar frivolidades. Outro exemplo significativo dessa linha é o programa de televisão Saia Justa. A pior vertente gerada por esse salto alto na filosofia é o pessimismo. O pessimismo vem, no fundo, não de um sofrimento em relação à existência, mas de um conforto. No tempo em que o homem vivia sujeito ao medo e à violência (a Grécia de Homero é um bom exemplo dessa era), ele era obrigado a provocar medo e ser violento; vivia constantemente “em combate”. A verdadeira leitura de filosofia não é uma leitura de sombra e água fresca, de distração – é uma leitura de combate, de concentração. Filosofia não é um Spa. Quem quiser filosofar, que suba no ringue.

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